Suspiro e sigo adiante.
Certamente não pude contar com certas pessoas com as quais pensei que sempre poderia, mas por outro lado contei com desconhecidos que me estenderam a mão com um largo sorriso no rosto.
A imensa busca pela realização pessoal e profissional, a perseguição pelo propósito que dignifica os dias, a entrega do corpo, da alma e do coração ao que atormenta os sonhos mais lúcidos, isso tudo que existe e eu sei que existe.
Tenho o direito de tomar minhas decisões.
A alma busca qualquer coisa real que possa estabelecer uma conexão com o rosto antigo. Eu muitas vezes tenho me enxergado melhor quando estado defronte ao desconforto e ao perigo.
Olha, que a vida não passa de um acúmulo sucessivo de dias e meses e anos para os que vivem dias, meses e anos, mas eu bem que poderia ter me despedido antes naquela vez que quase bati o carro na estrada e meus reflexos foram tão rápidos que ainda me pergunto se não morri e sigo existindo em um plano paralelo onde a minha vida ainda é minha e algumas coisas ainda importam.
Olha, que a vida não passa de risadas no bar com os amigos e canções tristes numa tarde chuvosa.
Olha, que tudo vai muito rápido e a gente não pode se perder da rara oportunidade de nos encontrarmos.
Olha, que às vezes a gente nem enxerga direito os lugares, as pessoas, os animais, os detalhes.
Olha e se permita ser triste, mas também se permita ser feliz.
Olha e não se esquece de pensar pela própria cabeça e ler doutrinas e livros, mas também se lembra de conjecturar suas próprias ideias, seus próprios sonhos, sua própria vida.
Olha e presta atenção, pois uma vez não conta e os aviões hoje em dia voam toda noite, sem exceção.
Olha que novas regras surgem, mas você segue suas próprias regra e erra só consigo mesmo.
Olha que o Amor é muito importante e você nunca pode se esquecer dele.
Olha que vão dizer que você não consegue, mas você vai provar que eles estão errados.