Eu me cansei de mim.

Às vezes me canso de ser quem eu sou, mas me vejo preso em mim, como se a vida me zombasse em um dar de ombros. A vida, entretanto, nem é corpórea, portanto, como poderia ter ombros? Rio de mim, pensando que quase a vida toda tenho sido o mesmo, dentro da minha cabeça, distante deste pesado e coercivo mundo real. Distancio-me da realidade e de quem erra irrefreavelmente. Quero acertar mais. Quero errar mais. Quero o que nem sei, mas não costumo me repetir. Sou inédito nos detalhes, mas nunca aprendi a dizer a palavra certa na hora certa. Será que aprenderei? Queria antecipar a língua dos anjos, conjurar magias benévolas e simplesmente fazer com que os sérios pudessem sorrir. Sinto-me estranho. Faço o que me parece ser a coisa certa e deixo o orgulho de lado. É necessário se desculpar quando se percebe errado. Flocos de neve nunca caíram diante de mim, assim, a neve é tão irreal quanto os amanhãs que nunca aconteceram. O segredo para se ter dias agradáveis é pensar perto e existir longe. O agrimensor mede a extensão das terras. Quem mede a extensão dos homens?

Ainda ontem eu era criança e encontrava todos os tesouros que nunca procurei. Os insetos eram meus amigos silenciosos e a poeira subia como nuvens diante dos meus óculos. Os gatos de rua me observavam enquanto eu via o que só eles também viam. Os cães deitavam para receber o meu afago, pois sempre fui um grande entendedor de carinhos. Nem todos me viam, mas eu via todos. Nem todos sabiam o meu nome, mas eu memorizava todos os que conseguia. Coletava tudo o que encontrava pelo caminho, alimentando secretamente a esperança de utilizar uma chave perdida que encontrei no chão para abrir uma porta ou um baú. O que pensava ter, eu vejo hoje que não me pertencia e muito do que eu era, eu nem sabia ser. O charme dos que nunca foram charmosos, as mentiras boas, espetáculos de sombras e luzes, ligações telefônicas, duras verdades, vozes ofegantes, trotes, patas sujas de lama, juventude, o segredo dos ônibus noturnos, vácuos emocionais, discussões acaloradas, conversas mornas, vazios, ausências, as fases da lua, corujas, andarilhos perdidos e sinceros, o coração puro para os equívocos honestos e as coisas que exalavam o perfume do abandono. Tudo isso sempre existiu no retrovisor de mim, nunca abandonado, nunca sozinho, sempre sozinho, arredio, carinhoso, evasivo, difícil, muito sorridente, muito sério, singular, expansivo, discreto, por anos e anos sem me encontrar com uma alma parecida. Eventualmente, no futuro, eu encontraria algumas, mas enquanto se espera sempre se demora e a rotina pode ser tortuosa no constante correr das horas.

Envelheci mais pela experiência e pelos grandes diálogos do que pelo decorrer do tempo. Ninguém sabe para onde foram os anos passados. O descaso é uma bênção e uma maldição. Eu hoje não sei o que procuro, mas analiso com paciência tudo o que encontro. Ontem mesmo borboletas saíram de dentro do armário. Percebi pelo evento que, vez ou outra, nada faz sentido. Há tanta ficção no meio destas coisas concretas que desconfio da realidade e me sinto perdido. Tudo hoje me parece possível e rio outra vez de minhas futilidades. Oscilo como os gênios e os preguiçosos, cônscio de que sou absolutamente comum. Suspiros duradouros nos interlúdios que faço em mim. Será que tenho feito o meu melhor? O otimismo, de quando em quando, exaure-me. A minha inteligência, de quando em quando, aborrece-me. Quando tudo decorre de acordo com minhas previsões, noto-me furioso. Particularmente me acho patético e incrível quando tropeço ou bato meus ombros nos lugares de sempre. É como se o meu cérebro se desligasse para uma realidade óbvia, assim, meu desastre se torna um fator novo e sinto uma raiva latente e real da minha memória, apenas por não ter conseguido antecipar a dor. Como trombo nos mesmos objetos se eles estão no mesmo lugar?

Às vezes me canso de ser quem eu sou, mas por estar preso em mim, não luto para me tornar alheio. Essas tantas camuflagens me parecem deploráveis e esses tantos disfarces atiçam o meu lado sombrio. O cansaço de todas as hipóteses, os inutensílios que acumulo pelo caminho, as fragilidades que me fazem sensível, as sombras que nos perseguem, tudo o que é diante de tudo o que poderia ser e do que nunca será. Tudo isso me cansa e me pune, assim, repleto dessa exaustão mental, noto minhas lágrimas escorrendo outra vez. Não desvie teus olhos dos meus, acaso me perceba chorando. Eu aprendi a não ter vergonha de derramar o meu sal. Somos mais que as partes que nos formam e, vez ou outra, talvez você também se canse de ser quem é, apenas pela falta de um tipo específico de descanso. Aceite-se, ame-se, perdoe-se e, enfim, erga-se. Eu aprendi que de olhos postos no chão, deixamos de enxergar a vida que acontece.

Às vezes me canso de ser quem eu sou, mas na maior parte do tempo ando de peito estufado, satisfeito por ter me aceitado defectível e inconstante, imprevisível, atento, viciado em cafeína e em detalhes. Decifro-me até me tornar outra vez um novo mistério. Sou o que sou e me amo, entretanto, percebo que posso mudar nos gestos mínimos e me tornar ainda melhor. Não me iludo com facilidade. Observo a vida com paciência e absorvo o máximo que consigo. A tendência é que amanhã eu seja alguém parecido com quem sou hoje, mas quem sabe o que serei daqui a uma década? Quem sabe o que posso alcançar? Tento ter calma. A vida é marcante por ser real, mesmo que a ficção se misture com o cotidiano. Devo lutar pelos meus sonhos, pelas vontades que são apenas minhas e lutar por um mundo melhor, não porque isso seja intrínseco a nós como seres humanos, mas que seja uma necessidade de sobrevivência da minha parte. Já fui vil, já errei feio, porém me noto acertando na maior parte do tempo. Procuro ainda pelo rosto que tinha antes da criação do Universo, mas não abalo o meu sono com as tantas respostas que ainda não tenho. Busco os meus objetivos grandiloquentes, ainda que muitos os achem impossíveis. Avanço com meu ímpeto juvenil no rumo do que me proponho. O agrimensor mede a extensão da terra, mas ninguém mede a extensão dos sonhos.

Crônica de Segunda

Sinto uma espécie de preguiça que se alterna em raiva e lamúria. Queria dizer coisas bonitas, mas começo a minha crônica em fúria. Respiro fundo e desacelero o mundo sempre acelerado. A vida vai acontecendo, mas a letargia dos sentidos me faz pensar que não tenho feito o suficiente, que certamente não tenho sido bom o bastante.

Os que me conhecem o suficiente sabem me ler, mas quanto me conhecem tão bem? Quase ninguém. De repente noto que talvez não saibam o que fazer com a informação que adquirem na leitura dos meus gestos. Será que apenas não se importam? Bebo uma xícara de café e tento enfrentar o dia que se anuncia. O desemprego ainda me assombra e sinto uma vontade desesperada de trabalhar. O que é que devo fazer com o meu tempo quando não há sequer sinal de misericórdia da vida que se debruça sobre nós?

Sacudo os lençóis e vejo uma discreta nuvem de poeira. Prendo a respiração, mas não adianta. Tenho uma crise alérgica do mesmo jeito e agora sei que só vou parar de espirrar daqui a duas horas. Amanhã é o dia da mudança ou terça ou quarta. Eu quero sair logo daqui, mas vou sentir saudades deste apartamento e deste quarto e desta janela. Será que minha gata e meu cachorro vão se acostumar? Viver nos surpreende a cada momento e quando de ausências me entupo é que me sinto verdadeiramente farto. Do que sinto saudades, afinal?

Olho de longe os ingênuos e os imbecis. Os primeiros acreditam em todos os amores, todas as alegrias, todos os sonhos. Os segundos creem que podem levar uma vida de enganações, de armações, de cenas e isso sem nunca cair do cavalo. E eu sou o ridículo por escrever romances, contos e poemas. Sou eu que eles querem ver escoando pelo ralo.

A ridicularização dos outros nunca para e devo insistir em acreditar em mim. Querem nos impor uma vida normal, logo ali, a camisa pesada entorta o varal e eu sei que deve ser assim. Resisto ao vento.

Vigia de marfim do choro silencioso em uma madrugada discreta. Há quem toque profundamente nossas feridas secretas?

A prolixidade me faz continuar, ainda que eu não saiba bem para onde seguir. Às vezes queria estar na praia, no passado, no futuro e até em Paris. O passado é suave, mas está onde deve estar. Tiro de pistola na cara das lembranças. Não volte, não me incomode, não implore. Uma epifania me acomete e sei que estou exatamente no tempo qual devo habitar.

Lá em cima uma estrela despenca. É só a morte do brilho ou a chance de um desejo?

Almoço placidamente e assisto alguma coisa na TV. Lancho placidamente e tento olhar para a direção qual ninguém quer ver. Pessoas que se evitam e nunca se combatem às vezes me assustam. Como encorajá-las se preferem fingir que não há problema?

A cena se reinventa e eu sigo meu dia sozinho. Escrevo para me gastar, sinto que preciso me cansar e não quero deixar nada no caminho. Meus bichos me dedicam hoje o amor que tanto preciso. E bebo mais uma xícara de café, pois é o que me faz suspirar e oferecer meu sorriso.

Outrora muito elogiaram meu sorriso por aí. Nos bares, nas esquinas e nas palavras de gente que talvez eu devesse me lembrar, mas só me recordo de que esqueci. Alongo meu corpo e faço trinta, noventa, duzentas e cinquenta flexões. Quem dera o exercício físico fosse o suficiente para me livrar das alucinações.

E escrevo assim como bebo café. Preciso e gosto e gosto de precisar.

Qualquer conto acontece e muda o panorama dos dias atuais. O livro que a gente agora entende no instante seguinte não entende mais. E quem não se valha geralmente falha e se esforça em compensar para nunca deixar de surpreender. É na leveza que reside a verdadeira beleza e todos seus caminhos sempre te levam de volta até você.

Escuto minhas palavras e percebo que estou falando comigo. Já é segunda-feira e chega o fim da tarde e ainda agora eu jurei que era domingo. Estou preso em algum lugar sem acesso? Precisarei do Guia para avançar com sucesso? Neblina. Observo-me sem me ver, pois dificilmente tenho conseguido enxergar muito em frente. Às vezes este mundo vil pesa nas minhas costas, mas não desisto de ser diferente.

Quatro horas da tarde é a hora da sexta refeição do dia. Um pedaço de bolo, uma fatia de pão integral com manteiga de amendoim, uma maçã mais gostosa do que bela e outra xícara de café. Meus dedos se sentem apaixonados pelo teclado e ensaio meu único tipo de fé.

Em alguns dias algumas coisas acontecerão e honestamente não sei o que se sucederá. Espero o livro de contos vendidos, o extermínio do Corona Vírus, um abraço nos amigos e assistir jogos de futebol sentado no sofá. Agradeço por quem me ampara quando o mundo me balança e me lança ao chão. Agradeço por quem se separa para dividir o fardo deste meu coração.

E há notícias maravilhosas que me fazem ter um respingo de otimismo, além do lançamento do livro. Daqui uns meses meu sobrinho chega por aqui e o nome dele vai ser Rodrigo.

Sinto meu corpo se impelir, o dia é ruim, mas vale a pena continuar. Carrego grandes ambições e sei que não posso falhar.

Decidi que não falharei.

Crônica de segunda-feira, 06 de julho de 2020.

Nove x Segunda

Nove vezes segunda
Digo e espero mudanças
A rua continua imunda
Eu sigo sem esperanças
O mundo vai mal
Tudo fica mais vexatório
Agonizamos até o final
em nossos próprios velórios
Nove vezes segunda
Repito sem qualquer apreço
Nunca sei o que dizer
A gente apenas se afunda
Isso não é o que eu mereço
Preciso me entender
Nove horas da segunda-feira
Esta especialmente feia e eu
Já sorvi minha quarta xícara de café
Minha alma aventureira devaneia
com a solidão que me permeia em outro continente
Um longo passeio a pé
Nove vezes segunda
Nada mais será como antes
Troque galhos, mantenha raízes
Um dia especial na Barra Funda
Passados e ontens tão distantes
Outra vez seremos felizes
E por nove vezes nesta manhã
Juro quase ter desistido sem tentar
Por nove vezes segurei minhas pontas
E mantive a cabeça no lugar
Tudo parece vil e infante
neste instante, porém,
Vou Além, pois sei,
A vida vai melhorar.

Antevisão e Cansaço de Fim de Mundo

Estava meio trôpego, instável, qualquer um poderia notar. Um instante era o bastante para se lembrar do que houve antes e simplesmente deitar e chorar. Se choro, pergunto-me, a razão das lágrimas. Se me demoro, é por entender tanto de lástimas. Se ainda estou parado há de ser por não ter virado a página.

Qual máquina metafórica reside dentro de mim? Que é que me traz ao paladar este gosto de fim? Deve existir um parafuso solto, uma engrenagem torta ou qualquer funcionalidade mecânica quebradiça. É que às vezes vou seguir e sinto que volto, algo me corta e os meus pelos se eriçam. Estático, prostro-me feito bicho selvagem. Enfático, aguento o peso da abordagem. Crescido como sou, eu nunca sou quem agride, mas a vida me tornou alguém pronto para o revide.

Batalha de egos travada no vale do fim do mundo. O sujeito está equivocado, porém, faz da falsa razão o seu escudo. Como se mede o alcance do orgulho? Provou seu ponto, mas perdeu a argumentação, como se não fosse o suficiente, foi em frente e promoveu a retaliação.

Copiosa marcha para o mistério da morte no vale das sombras. Afrontosa arrogância em baixa, vitupério proferido por esporte, é melhor que se cale nas caminhadas longas. Que tenho tão insistente que tanto me incomoda se não tomo boas ações? Que espécie de regente me vejo nos reinos dos sonhos translúcidos repletos de emoções?

Há pessoas no deserto. Não sou mais esperto que elas. Há pessoas congelando de frio sem cama, teto ou janelas. Não sou mais miserável que elas também. Há pessoas sendo assassinadas. Quanto é que me perseguem? Certamente jamais me atacaram por causa da minha cor de pele.

Shakespeare acreditava que o problema dos homens era a inconstância. A minha aposta é que o cerne das catástrofes seja a arrogância. Fosse eu mais feliz em sonhos, abandonaria o plano físico para dormir e hibernaria durante o inverno. Seguissem os dias enfadonhos e após a invernia transformaria meu descanso temporário em eterno.

Cansaço de fim de mundo. Sorri, embora meu coração chorasse, antevendo a minha despedida de tudo. Vejo-me de fora, revolvo para dentro. A vida é agora, embora, quase todos se percam do presente momento.

Para mudar o mundo

Para mudar o mundo, primeiro, é preciso admitir a insatisfação com as coisas. Se este não é o cenário ideal, reconheça ansiar por mudanças, reconheça-se em seu papel de mudar seu destino e tome bastante cuidado, pois o sonho de mudar o mundo às vezes muda o sonhador (Humberto Gessinger).

Não se preocupe por estar no chão. Os melhores e os piores já caíram e estiveram exatamente no mesmo lugar qual você se encontra. Não é sobre permanecer a vida inteira em sobriedade, imaculado ou livre de constrangimentos e consternações. É sobre entender a leveza e o peso, a liberdade e a responsabilidade, a tristeza e a felicidade, o caos inevitável e a paz absoluta. Certas coisas vão se repetir até o nosso derradeiro amadurecimento. Quando aprendemos, é raro cometermos os mesmos erros.

Se os homens fossem constantes seriam perfeitos, afirmou Shakespeare, mas somos factivelmente falhos e frequentemente nos despedaçamos. Quase todos se escondem com o pretexto de não conseguirem enxergar, mas quando todas as máscaras caem, você realmente fixa os seus olhos naquilo que vê?

Recolher cacos é sempre um trabalho penoso e talvez você dê sorte em estar perto de alguém que saiba tomar cuidado com vidro, pois é difícil remontar, reerguer, reestruturar. Quando ainda no chão suas pontas afiadas estão prontas para ferir a mão de quem ousar tocar, de quem se sujeitar, de quem for suficientemente louco para cruzar os limites e assumir o risco de sangrar por você. Se você é o catador de cacos, eu recomendo apenas cuidado com as hemorragias. Há quem fira pelo prazer de ferir.

A névoa densa outra vez toma conta da cidade e você deixa de enxergar todo o resto. Sua angústia cresce quando repentinamente só enxerga seu próprio corpo, estranho, irregular, quase como se ele não lhe pertencesse. Você age, mas não se sente dentro de você. Uma espécie de monstro estranho tomou posse e suas memórias sobre certas fases são ébrias e entrecortadas. Descemos uma cortina diante das coisas que evitamos ver nos outros e em nós mesmos. Despreparados para a troca de pele, escolhemos nos igualar por baixo, fazemos incentivados por pessoas alheias, guardamos souvenires em recônditos secretos, sejam eles materiais ou não. Você pode se esconder bem, mas nada te afasta do seu reflexo. No fundo, você sabe bem quem é. Talvez secretamente acredite que mereça um prêmio ou uma punição pelas suas atitudes. Se eu não mudar o mundo talvez o mundo me mude. Alguns se regozijam pela autopercepção, outros cantam em voz alta suas lamúrias. Você se envergonha ou se orgulha de quem é?

Levantou já? É manhã outra vez. A escuridão que sugeria infinitude, enfim, morreu. Você estava apavorado, eu notei, mas me imaginou mais forte do que eu realmente sou, pois o negrume da madrugada jogou seu pesado cobertor em cima de mim também e eu senti uma sufocante vontade de chorar. Não chorei. Fiz-me forte, pois eu precisava ser o mais forte, orgulho bobo de quem se levanta quando o resto se deita, de quem se ergue para o sacrifício, de quem levanta correndo para ouvir o barulho estranho dentro de casa, de quem sabe que deve ser o primeiro na linha de combate, ainda que este geralmente seja o primeiro a morrer.

Você sente medo e eu sinto também. Não é diferente com qualquer outra pessoa. Muda-se a forma do medo, mas eventualmente todos se sentem aterrorizados. Já congelou em momentos decisivos? Fraquejou quando deveria ser mais agressivo? Acalme-se e respire fundo uma, duas ou dez vezes. Você é mais do que suas angústias e revezes. Está pronto para tentar de novo? Recomece amanhã. Por hoje, eu apenas recomendo que faça um café forte, beba muita água, coma sua comida favorita, saboreie chocolates amargos, veja a beleza de algo sutil e durma bem.

Nós somos o que fazemos de nós e não o que deixamos fazerem de nós. Não seja aquilo que tentam fazer de você e seja mais amplo nas suas angústias. Você não é o único atormentado por problemas e com a vida complicada. Não pode sofrer pelos outros, mas tampouco deve agir como se você fosse a única pessoa relevante no universo inteiro. Evite o pedantismo, precaução com os silogismos, cuidado com o que come, pois é preciso cuidar do corpo e da alma. Vá em frente, vá sempre, mas vá com calma. Acorde após sua curta noite de sono, consciente de que amanhã tudo começa de novo, até o dia em que, enfim, a vida termina. Para mudar o mundo é preciso estar bem disposto, então, acorde e lave o rosto, desafie o que lhe foi imposto como sina.

Para mudar o mundo precisamos aceitar quem somos, sem perder, entretanto, a consciência de que sempre é possível mudar para uma versão melhor. Seja você.