Inicio uma conversa franca
Defronte a uma imensidão branca
Sentindo uma enorme sede
A dor qual ela banca
Quando sozinha no quarto se tranca
E se atira contra a rede
Cogita desistir
Reluta em admitir
Não vê saída
Não sabe o que sentir
Esqueceu de como sorrir
Perdeu-se de sua vida
Escute-me hoje, por favor,
A face febril está em rubor
Tire o rosto da parede
A fase passa e também a dor
Recupera sua alegria e sua cor
A Tristeza têm olhos verdes
Aposto no que me aquece
Finjo crer nas minhas preces
Celebro minha existência
Príncipe que não se esquece
Demônio que se oferece
Anjo sem paciência
Abro um compartimento secreto
utilizando frases em outros dialetos
que encontrei em grimórios antigos
Concentro-me em pessoas e objetos
Sozinho sou e permaneço discreto
A infinitude de um caso perdido.