Rito matinal
Celebro a vida
pelo canto do pardal
Havia no outro serviço
um galo que cantava
Umas seis vezes por dia
Eu admirava sua alegria,
mas havia um que o odiava
Quem vive para cantar é
mais leve de quem canta para viver
Quem aprende a amar nunca
se esquece de como o fazer
E não destrata, pois sabe
Amor é cuidado, coisa frágil
Como ovos tão mexidos
quanto a vida vem sendo
Não tenho errado no preparo
Estou sempre crescendo
Para o que me preparo?
Os sonhos de uns morrem
Os meus continuam nascendo.
Adorei! Gosto muito dessa poesia “cotidiana”, estilo Manoel de Barros.
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Honrado pelo elogio! Pra ser bem honesto tenho que ler mais Manoel! Leituras que engrandecem! Bom final de semana!
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