Faço tudo o que posso, mas
Insisto que não me chame de lar
Um dia ainda acordo e de repente
Abandono este lugar
Meu coração nômade
Sabe realmente amar,
mas ele não pode ser casa
Ainda que haja brasa
para os dias frios
Ainda que preencha
habilmente espaços vazios
Ainda que te defenda
de tantos inimigos
Ainda que surpreenda
com desejos correspondidos
Este coração nunca será
um lar para você
Se alimenta esse ideal
É melhor tentar me esquecer
Sou o melhor de todos e
o pior deles também
Estou te avisando sobre os riscos
Te quero, mas não como refém
Estaremos juntos
Permaneceremos juntos
Nunca vou desaparecer do mundo
Porém, este vagabundo arisco
tem o coração mutante
Tudo que é bom hoje
Será diferente adiante
Muito melhor ou pior
Quem é que pode dizer?
Por isso não me faça lar
Repentinamente posso mudar
Eu só queria te fazer entender.